Registros marcantes da história de Ijuí
- Por Roger Almeida
- 26 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

No ano de 1894, quando o imigrante alemão professor Roberto Roeber, pioneiro da instrução em Ijuí, deu início a primeira escola pública da colônia ijuiense, começava-se ali, as origens da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ruy Barbosa. Mas, antes de se chegar a esse nome, em março de 1916, a escola tinha o título de, ''Grupo Escolar da Villa de Ijuhy''. Passados cinco anos a escola trocou o nome, passando a ser ''Collégio Elementar de Ijuhy''. Nova mudança do nome da escola viria acontecer, vindo ser chamada “Collégio Visconde de Mauá”, posteriormente “Grupo Escolar Ruy Barbosa” e, em 1977 é denominada de EEE. F Ruy Barbosa.
O Ruizinho como é carinhosamente chamado pelos moradores da cidade de Ijuí, teve seu prédio atual construído no começo da década de 1930, tendo sido inaugurado em 1934. ''Era amplo e majestoso. Eclipsava totalmente a simplicidade das velhas casas que até então haviam abrigado os alunos do ''Collégi Elementar'', superando de muita a expectativa de todos.'' A citação retirada dos arquivos da majestosa escola, seria apenas um breve relato feito de uma parte, pequena parte desta grande história, que impressiona muita gente ao tomar conhecimento dos detalhes ocorridos no decorrer dos anos.
Escola transformada em hospital
E o que ocorreu mesmo, foi uma forte gripe espanhola conhecida na época de 1918, como ''influenza", uma epidemia que atingiu de norte a sul o Brasil. Graças a modesta escola, foi possível amparar a comunidade local e promover uma ação social conforme noticiada em, 22 de novembro do mesmo ano, pelo jornal Correio Serrano. '' Foi instalado no edifício do grupo escolar desta villa um hospital para os enfermos atacados pela influenza. Uma commissão de senhoritas encarregou-se de colher donativos para este louvável fim.''
Louvor ganharia mais tarde ao ser fundada a " Cruz Vermelha Ijuhyense'', para abrigar os feridos dos ataques da temida Coluna Prestes, que passara por essas terras. Mais uma vez, o colégio se transformaria em um pronto socorro. "Bons e reaes serviços prestou, durante dois meses, essa nobre instituição, recolhendo os feridos de ambos os lados, isto é, tanto legaes como revolucionários foram carinhosamente tratados''... conforme texto do (Relatório de 1924).
Segundo a bacharelado em Biblioteconomia Beatriz Araqz Kusbick, prédios com esse padrão, com essa mesma planta, dimensões, você vai encontrar em ''São Borja, Alegrete, Caçapava do Sul, Quarai e Ijuí.''
Conforme Beatriz, Foi no governo do Alceu Collares, que estas escolas e outros prédios antigos do Rio Grande do Sul foram classificadas,'' dentro do que eles chamavam de símbolos cultural do estado. Por esse motivo não se pode modificar a estrutura predial.''
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